'Distantes Mundos...'

O conceito de lugar e sua relação com as identidades nordestinas são a tônica da exposição “Distantes Mundos, Próximos lugares”, que reúne 22 obras pertencentes aos acervos artísticos do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC).
A mostra reúne vários objetos de arte, desenhos e pinturas que representam lugares nordestinos. Ela será inaugurada na próxima quinta-feira (seis de outubro), às sete da noite, no MAC (Rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema) e permanece em cartaz até sete de janeiro de 2017.
A exposição inicia com o painel do artista Carybé, que marca a apresentação de um nordeste folclórico e seu surgimento no mapa geográfico oficial do país nos anos 1950. Os outros artistas são: Antônio Bandeira, Brígida Baltar, Burle Marx, Carlos Mélo, Carybé, Chabloz, Chico da Silva, Daniel Murgel, Efrain Almeida, Gilberto Cardoso, José Rufino, José Tarcísio, Heloísa Juaçaba, Leonilson, Luiz Hermano, Nelson Leirner, Renato Bezerra de Mello, Rodrigo Mogiz, Rosana Ricalde, Siegbert Franklin, Vitor César e Waléria Américo.
“O acervo artístico do Banco tem larga importância porque demonstra a preocupação da Instituição em formar um acervo de caráter público, ação que é associada também a políticas de formação de público”, afirma o presidente do Banco do Nordeste, Marcos Costa Holanda.
Para Holanda, “é fundamental que a diversidade das obras do Banco ocupe os mais distintos espaços expositivos na Região e fora do Nordeste”. Entre abril e julho passado, o Banco realizou a exposição “Sonhos e enigmas”, com obras de Siegbert Franklin, no Espaço Cultural Correios, em Fortaleza (CE), e cedeu obras de Raimundo Cela para exposição “Raimundo Cela: um mestre brasileiro”, realizada de junho a setembro deste ano, no Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo, e agora em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Desejos e reinvenções
“Acionamos um conjunto de trabalhos que lidam com questões que discutem o lugar, a permanência ou o desejo pelo outro lugar, entre trânsitos que conduziram artistas a pensar os diferentes mundos, as suas portas, as suas reinvenções dessas passagens ou pairagens”, afirma Jacqueline Medeiros, consultora do Centro Cultural Banco do Nordeste e curadora da mostra com Bitu Cassundé, diretor do MAC.
Segundo ela, o recorte considera a trajetória dos conceitos de região no pensamento geográfico, presentes no rico processo de construção e desconstrução das identidades nordestinas que hoje se vê a conviver com complexas territorialidades, construídas por conexões flexíveis onde não há separação entre território como dominação e território como apropriação simbólica.

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